sexta-feira, 16 de setembro de 2011

SÓ O QUE FALTAVA!!!

Clipping Educacional -Folha de São Paulo
Proposta de Haddad é aumentar de 200 para 220 total de dias letivos ao ano ou o de horas na escola por dia.




 
Educadores cobram mais mudanças; sindicato da rede particular prevê mensalidade maior
O MEC quer ampliar a jornada escolar obrigatória nas escolas públicas e particulares do país. Pela proposta, ou os colégios aumentam o número de dias letivos (de 200 para 220) ou o total de horas de aulas por dia.
O anúncio foi feito ontem pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, um dia após a divulgação dos dados do Enem -conforme a Folha mostrou, houve redução da presença de escolas públicas entre a elite do ensino médio.
Se a mudança for implantada, haverá alterações no sistema educacional, como contratação ou ampliação de jornada de docentes e, provavelmente, aumento nas mensalidades na rede privada.
"Ou ampliamos o número de horas por dia ou, caso não haja infraestrutura para isso, aumentamos o número de dias letivos. Mas essas alternativas não são excludentes", afirmou ontem Haddad.
"Estudos têm correlacionado o aprendizado com o tempo que a criança fica exposta no ambiente escolar", disse o pré-candidato à Prefeitura de São Paulo em evento do Todos pela Educação.
O MEC pretende dar quatro anos para as escolas se adaptarem. Dados do Censo Escolar 2010 mostram que só 6% dos alunos têm ao menos sete horas diárias de aula -a jornada obrigatória é quatro.
Escolas particulares bem posicionadas no Enem, como Vértice, em SP, ficam perto dos 200 dias letivos, mas possuem jornadas maiores que as quatro horas diárias.
O ministrou afirmou que o plano ainda está em fase inicial, pois será preciso formar consenso antes de enviar um projeto ao Congresso, onde já tramita projeto que prevê ampliação da carga horária de 800 para 960 horas anuais. A ideia do MEC já foi discutida com entidades como Consed (Conselho Nacional de Educação) e Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação).

APOIO, COM RESSALVAS
Presidente da Undime, Cleuza Repulho diz que a ideia é positiva, mas defende mudar por etapas. "Podemos, por exemplo, aumentar cinco dias letivos a cada ano."
Educadores consultados pela Folha dizem que a proposta não necessariamente garante melhoria no ensino. "Como a escola vai ocupar esse tempo a mais?", alertou o pesquisador da USP Ocimar Alavarse. "Não sou contra. Mas os recursos deveriam ser destinados a outras prioridades, como melhoria na formação de professores."
Pesquisadora da Fundação Lemann, Paula Louzano diz que, para ter efeito, o aumento da jornada deveria ser acompanhado de mudança na organização das escolas, como fixação dos docentes em um só colégio.
Dirigente do sindicato das escolas particulares de SP, José Augusto Lourenço teme reajuste nas mensalidades. "Se aumentar o número de dias letivos, teremos de chamar professores no recesso. Se aumentar a jornada, precisaremos construir unidades."
Para a educação pública, Haddad afirmou que os recursos necessários poderiam vir com a destinação de 7% do PIB para a educação. Hoje são cerca de 5% para a área.

Carga horária não é tudo; é importante saber como professor usa seu tempo

HÉLIO SCHWARTSMAN
ARTICULISTA DA FOLHA

Educação é um sistema complexo, no qual interagem dezenas de variáveis potencialmente relevantes. Isso significa que é perda de tempo procurar por "balas de prata", isto é, medidas isoladas que resolveriam como que num golpe de mágica todos os problemas da área. Feita essa ressalva, deve-se dizer que Haddad tocou num ponto importante ao levantar a questão da carga horária.
"Nem sempre uma educação como essa é fácil. Nós temos todas as nossas salas ocupadas e teríamos que reformular algumas coisas"
Adilson Garcia - diretor do Colégio Vérice, 1º lugar no ranking do Enem 2010 na cidade de São Paulo.
A literatura internacional mostra que existe uma correlação significativa entre o tempo que o aluno passa em sala de aula e seu desempenho. Mesmo no Brasil, há trabalhos mostrando que a adoção da jornada integral tem impacto positivo.
"Ainda não temos como avaliar o impacto, mas nós trabalhamos além do que é preconizado por lei".
Giselle Magnossão - diretora pedagógica do colégio Albert Sabin, 7º lugar no ranking do Enem 2010 na capital.
Ocorre que, mesmo quando se discute carga horária, ano letivo e jornada diária não são tudo. Há também a questão do que o professor faz com o tempo disponível.
Aqui, nossa experiência é das piores. Um estudo da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) feito entre 2007 e 2008 com professores de 5ª a 8ª séries em 23 países mostrou que os mestres brasileiros são os que mais desperdiçam tempo em atividades não diretamente relacionadas com o aprendizado, como disciplinar os alunos (18%) e realizar tarefas administrativas (13%). Em média, apenas 69% das horas-aula são realmente dedicadas ao ensino.
"Para funcionar, a ampliação da jornada precisa ser acompanhada de uma reestruturação. Os colégios devem oferecer um projeto integrado de atividades aos alunos, e os professores precisam se fixar em uma só escola".
Paula Louzano - pesquisadora da Fundação Lemann.

E, mesmo aí, há muito pouca eficácia, como mostrou o trabalho de Martin Carnoy (Stanford), que filmou e comparou aulas de matemática dadas no Brasil, em Cuba e no Chile. De acordo com o pesquisador, os mestres brasileiros reservaram 30% do tempo a atividades em grupo, nas quais os alunos conversam bastante, brincam, mas trabalham pouco na resolução dos problemas. Em Cuba, onde os alunos se saem muito melhor nas avaliações, apenas 11% do tempo em sala de aula é destinado a trabalhos em grupo.
Um diagnóstico possível é que o professor não está sabendo bem o que fazer com o tempo de que dispõe. A tese encontra amparo em estudos que mostram que municípios que adotaram sistemas de ensino apostilados, que organizam a rotina dos mestres, conseguiram melhorar seu desempenho nas avaliações.

"Hoje seria difícil implementar essa mudança".
José Augusto Lourenço do sindicato das particulares de SP.

A proposta de Haddad de ampliar a carga horária faz sentido. Mas faria ainda mais se fosse acompanhada de medidas com vistas a utilizar melhor o tempo de que o professor já dispõe e desperdiça.




 fonte: http://www.udemo.org.br/

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A RATOEIRA

Um rato vê o fazendeiro abrindo um pacote. Ao descobrir que era uma ratoeira ficou aterrorizado.Correu ao pátio da fazenda advertindo a todos:
- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa !!

A galinha disse:
- Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.

O rato foi até o porco e disse:
- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira !

- Desculpe-me Sr. Rato, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser orar. Fique tranqüilo que o Sr. Será lembrado nas minhas orações.

O rato dirigiu-se à vaca. E ela lhe disse:
- O que ? Uma ratoeira ? Por acaso estou em perigo? Acho que não

Então o rato voltou para casa abatido, para encarar a ratoeira. Naquela noite ouviu-se um barulho, como o da ratoeira pegando sua vítima. A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pego. No escuro, ela não viu que a ratoeira havia pego a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher...

O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital. Ela voltou com febre.Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha. O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal. Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la.

Para alimentá-los, o fazendeiro matou o porco. A mulher não melhorou e acabou morrendo. Muita gente veio para o funeral. O fazendeiro então sacrificou a vaca, para alimentar todo aquele povo.

Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre-se que quando há uma "ratoeira" na casa, toda fazenda corre risco, pois afinal e contas O PROBLEMA DE UM É PROBLEMA DE TODOS!!!

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Para presidente do Inep, exame docente não pode ser usado como "Enem do professor" Camila Campanerut* Clipping Educacional - Enviada do UOL Educação

O Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente, que ainda está em fase de elaboração pelo Inep, tem como objetivo ser aplicado para novos professores que pretendem trabalhar na rede pública e, não para avaliar os antigos.
O assunto foi um dos temas que gerou dúvidas entre os secretários municipais de educação, durante o 4º Fórum Nacional Extraordinário dos Dirigentes Municípios de Educação, quando a proposta foi apresentada.
A presidente do Inep [Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira], Malvina Tuttman, conversou com o UOL Educação sobre o tema. Veja alguns trechos da entrevista realizada em Mata de São João (BA).

UOL Educação - Há possibilidade de se usar a prova como um “Enem do professor”, um ranking para comparar os profissionais da área?
Malvina Tuttman - Isso não pode acontecer.

UOL - Tem como evitar isso?
Malvina - Primeiro, a má utilização de um processo pode acontecer sempre. Garantir que os resultados não serão utilizados indevidamente? Eu não posso garantir, porque vai depender da ética de cada um.
O que é interessante é que cada participante, ele se inscreve na rede, ou nas redes que ele assim desejar. Só vai ter o resultado deste candidato ou destes candidatos que se inscreveram naquela rede, a secretaria de Educação. A secretaria de Educação X só tem os seus resultados. Então, possivelmente ela não irá divulgar os resultados, porque não interessa divulgar os resultados. Ela [a secretaria] vai fazer a chamada como faz em concursos que normalmente ela realiza.

UOL - Qual a previsão de periodicidade da prova e a previsão de custo dela?
Malvina - Não temos um custo total porque vai depender da adesão, do número de provas, dos locais [onde serão aplicadas]. Então, é prematuro dizer os custos neste momento. Vamos fazer a primeira e vamos verificar qual a adesão que nós temos, porque um concurso tem a duração [validade] de dois anos pela legislação. Então, vamos verificar qual a demanda. Ela terá sim uma periodicidade, mas eu não posso dizer neste momento qual será.

UOL - É possível evitar que as escolas comecem a propagandear o fato de terem professores mais bem colocados na prova (Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente)?
Malvina - Não. Até porque nós todos sabemos que nem sempre, entre aspas, o melhor aluno, que é o primeiro na faculdade, ele se torna o expoente em sua profissão. Não é verdade?
Existem outras situações, existe a prática. Então, não há nenhuma pesquisa que relacione que os primeiros colocados serão sempre os melhores professores. É um conjunto. A prática do professor está relacionada também a ambientação das escolas, as discussões, ao projeto político-pedagógico, a uma direção bastante competente. Portanto, há um conjunto de fatores que não dependem apenas da performance do professor numa prova.

Brasil precisa medir proficiência em escrita, dizem especialistas Marina Morena Costa

Clipping Educacional  - O Estado de S. Paulo
Para especialistas, País tem sido ineficiente em mobilizar alunos que não completaram ensino fundamental e médio na idade adequada
As matrículas em Educação de Jovens e Adultos (EJA) caíram pela metade nos últimos sete anos no Estado de São Paulo. Em 2004, existiam 1.177.812 alunos matriculados na modalidade em escolas paulistas. Em 2010, dado mais recente, o número despencou para 606.029 – queda de 48,5%.
Os dados, que constam no Censo Escolar do Ministério da Educação (MEC), estão no Plano Plurianual 2012-2015 do governo do Estado e retratam todas as redes de ensino – estadual, municipal e particular. Em São Paulo, 98,8% dos alunos de EJA são atendidos nas redes públicas – destes, 61,9% estudam em escolas estaduais e 36,9% em unidades municipais.
A EJA é uma modalidade de ensino destinada a quem não completou o ensino fundamental e médio na idade adequada por algum motivo. Ela pode ser oferecida em cursos presenciais, a distância ou mesmo com exames supletivos. Desde 2007, a EJA recebe financiamento do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
Atualmente, o índice de analfabetismo funcional na Região Sudeste é de 16%, segundo o Instituto Paulo Montenegro. Não há dados por Estado.
Especialistas em EJA apontam vários motivos para o declínio – não apenas em São Paulo, mas também em outros Estados. “A queda é observada em todo o Brasil e o principal motivo é a ineficiência de mobilização do público”, diz Maristela Barbara, diretora de formação e acompanhamento pedagógico da organização não governamental Alfabetização Solidária (AlfaSol).
Para ela, falta atenção do poder público. “Só 24% das escolas do Brasil oferecem EJA. Os colégios têm de estar onde estão esses alunos”, diz. “Há mais de 30 milhões de analfabetos funcionais, mas apenas 3,7% estão matriculados na modalidade.”
Para os especialistas, outra dificuldade é o fato de a EJA reproduzir o ensino regular. “O modelo está em crise e não combina com o estilo de vida dos alunos”, afirma Orlando Joia, diretor de curso do Colégio Santa Cruz. “Além disso, o saldo demográfico está negativo: tem mais gente saindo de São Paulo do que chegando e, normalmente, eram essas as pessoas atendidas.”
Vera Masagão, da Ação Educativa, afirma que ainda faltam políticas específicas dos Estados e municípios para a modalidade. “Devemos pensar em modelos mais flexíveis, que devem ser incentivados pelos governos”, afirma. “Muitos alunos trabalham e é difícil conciliar tudo.”
Motivos. Para a Secretaria de Educação de São Paulo, a queda de matrículas é reflexo da correção do fluxo escolar – ou seja, os alunos estão estudando nas séries em idade correta. De acordo com a pasta, São Paulo tem, entre a população de 15 a 17 anos, a maior taxa de escolarização no ensino médio do País.
No caso do ensino fundamental oferecido por EJA, a secretaria afirma que a queda de matrículas se deve ao esgotamento do fluxo, que era “ascendente por conta da demanda reprimida no passado e por causa das exigências do mercado de trabalho”. O governo ainda lembra que uma deliberação do Conselho Estadual de Educação (CEE) elevou, em 2009, a idade mínima para ingresso na EJA – o que obrigou uma parcela dos alunos a se matricular no ensino regular.
Particular. A rede privada de ensino paulista é responsável por apenas 1,2% das matrículas de EJA – em 2001, essa taxa era de 11,2%. Algumas escolas fecharam cursos nos últimos anos por diversos motivos. No Colégio Nossa Senhora das Graças, o curso, que era oferecido com apoio da Ação Social da Associação Pela Família, acabou por causa da adequação à lei 12.101, que estabeleceu novas normas para entidades filantrópicas. No Colégio Rainha da Paz, a baixa demanda deve levar ao fechamento das turmas em 2012.

UNICAMP OFERECE CURSOS DE TECNOLOGIAS DIGITAIS A DISTANCIA

Clipping Educacional - Da Agência Imprensa Oficial

Interessados podem se inscrever até 9 de setembro pela internet
O Laboratório de Novas Tecnologias Aplicadas na Educação da Faculdade de Educação (FE) da Unicamp promove o curso à distância "Utilização de objetos de aprendizagem em sala de aula mediatizado pelas tecnologias digitais".
Serão oferecidas 200 vagas, destinadas a professores do 1º ao 9º anos do ensino fundamental. O objetivo é disseminar informações sobre recursos digitais, que podem ser aplicados na educação, denominados objetos de aprendizagem. Documentação necessária e critérios de seleção posem ser conferidos neste endereço. O curso terá início em outubro, com 66 horas de duração.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Aumento dos professores deve sair após outubro

Cristiane Gercina


Clipping Educacional - do Agora A Secretaria de Estado da Educação divulgará, em outubro, a lista com o nome dos professores e funcionários do magistério que foram aprovados na prova de reajuste da categoria. O dia não foi definido pela pasta. Os 20% melhores no exame terão aumento de 25% no salário. O pagamento será retroativo a 1º de julho, mas ainda não há data definida para a grana cair na conta do servidor. 

Há duas possibilidade de pagamento: no salário, no 5º dia útil de novembro, ou por meio de folha suplementar, cujos valores podem ser liberados na conta dos funcionários a qualquer momento. 
Neste ano, cerca de 55 mil professores fizeram a prova que dá reajuste, dentro do programa de Valorização pelo Mérito. 
O exame aconteceu nos dias 11, 12 e 13 julho. Em 2013, haverá mudanças no programa, que dará aumento para todos os aprovados. 

CONVITE ESPECIAL
Dia 10 de setembro  (Sábado) vamos fazer uma Festa  com  Exposição dos Trabalhos dos alunos sobre o Folclore Brasileiro.
Contamos com a sua presença e de sua família para prestigiar mais esse momento de alegria e festividades aqui na escola junto com seus filhos, também haverá:
¨       Apresentação de Danças Típicas Folclóricas Brasileiras com a participação das crianças, promovendo a nossa cultura;
¨       Venda de Pastel, Pizza, Refrigerante e outros;
¨       Pesca, Caixa Surpresa e Cama Elástica para diversão de todos.
Horário da festa: das 9:00 hs as 13:30 hs
Não percam!

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Final do curso de Libras - Linguagem Brasileira de Sinais - 2° módulo, Turma da manhã 2011 diretoria de ensino Campinas Oeste

Turma do curso de Libras em dia de Prova (apenas 70 questões..hehe) Presentinho para o professor/instrutor Marcelo, confraternização.Vou sentir saudades das nossas manhãs de segunda, no silêncio total (sem blá, blá, blá), somos 11 vencedores e faremos a diferença nas escolas que trabalharmos, em prol da real inclusão social.Obrigado a todos pela comunicação, superação e aprendizagem...e lembrem-se TREINO, MUITO TREINO...iupiiiiiiiiiiiiii vencemos mais uma etapa!!!

“SURDOS OUVEM COM OS OLHOS E FALAM COM AS MÃOS”


As mãos rompem o silêncio e fazem a comunicação de quem não ouve, mas vê, sente e emociona.



POEMA DO SURDO


O teu silencioso
É harmonioso
O teu jeito expressivo
É muito gostoso
Sabes sorrir
Sabes chorar
Sabes... É claro;
Te expressar!
O teu falar
Arrepia a gente
És falante de um sistema lingüístico
Muito diferente
Compreender a tua fala
O teu sentimento
É muito envolvimento
Esta língua, visual-especial
Quero aprender
Nos ensina... Teu modo de ver
Nos ensina... sentir e aprender
Nos ensina.... saber, sobre as coisas do mundo


 É preciso ser surdo para entender...

Como é “ouvir” uma mão?
Você precisa ser surdo para entender!
O que é ser uma pequena criança
na escola, numa sala sem som
com um professor que fala, fala e fala
e, então
quando ele vem perto de você
ele espera que você saiba o que ele disse?
Você precisa ser surdo para entender!
Ou o professor que pensa
que para torná-lo inteligente
você deve, primeiro, aprender
como falar com sua voz
assim
colocando as mãos no seu rosto
por horas e horas
sem paciência ou fim
até sair algo indistinto
assemelhado ao som?
Você precisa ser surdo para entender!
Como é ser curioso
na ânsia por conhecimento próprio
com um desejo interno
que está em chamas
e você pede a um irmão, irmã e amigo
que respondendo lhe diz:
“Não importa”?
Você precisa ser surdo para entender!
Como é estar de castigo num canto
embora não tenha feio
realmente nada de errado
a não ser tentar fazer uso das mãos
para comunicar a um colega silencioso
um pensamento que vem, de repente, a sua mente?
Você precisa ser surdo para entender!
Como é ter alguém a gritar
pensando que irá ajudá-lo a ouvir
ou não entender as palavras
de um amigo que está tentando
tornar a piada mais clara
e você não pega o fio da meada
porque ele falhou?
Você precisa ser surdo para entender!
Como é quando riem na sua face
quando você tenta repetir o que foi dito
somente para estar seguro que você entendeu
e você descobre que as palavras foram mal entendidas?
E você quer gritar alto:
“Por favor, me ajude, amigo!
Você precisa ser surdo para entender!
Como é ter que depender de alguém
que pode ouvir
para telefonar a um amigo
ou marcar um encontro de negócios
e ser forçado a repetir o que é pessoal
e, então, descobrir que seu recado
não foi bem transmitido?
Você precisa ser surdo para entender!
Como é ser surdo e sozinho
em companhia dos que podem ouvir
e você somente tenta adivinhar
pois não há ninguém lá com uma mão ajudadora
enquanto você tenta acompanhar
as palavras e a musica?
Você precisa ser surdo para entender!
Como é estar na estrada da vida
encontrar com um estranho que abre a sua boca
e fala alto uma frase a passos rápidos
e você não pode entendê-lo e olhar seu rosto
porque é difícil
e você não o acompanha?
Você precisa ser surdo para entender!
Como é compreender alguns dados ligeiros
que descrevem a cena
e fazem você sorrir
e sentir-se sereno com
a “palavra falada” de mão em movimento
que torna você parte deste mundo tão amplo?

Autores: Willerd e Madsen


segunda-feira, 5 de setembro de 2011 Inscrições para curso de arte destinado a docentes da rede terminam amanhã

Clipping EducacionalDa Secretaria da Educação
Parceria entre a Secretaria da Educação e a Fundação Bienal, a iniciativa pretende aproximar os docentes de referenciais artísticos
As inscrições para o curso "Tão Perto, Tão Longe II - Entrelaces com o Currículo de Arte", destinado a professores da disciplina de arte da rede pública estadual de ensino, terminam nesta terça-feira, 6. A iniciativa tem como objetivo aproximar os docentes de diferentes linguagens da arte contemporânea e seus conceitos, assim como dos referenciais artísticos que integram a exposição "Em nome dos artistas - Arte contemporânea norte-americana na Coleção Astrup Fearnley". 
A mostra estará em cartaz no Pavilhão da Bienal, no Ibirapuera, de 30 de setembro a 4 de dezembro. Ao todo, serão exibidas 219 obras do acervo do Museu de Arte Moderna Astrup Fearnley, de Oslo, na Noruega. O diretor do museu, Gunnar Kvaran, assina a curadoria da exposição, que conta com a participação dos artistas Jeff Koons, Matthew Barney, Richard Prince e Cindy Sherman, entre outros. 
A intenção é que os docentes transmitam e trabalhem os conteúdos aprendidos no curso aos alunos da rede. A Secretaria firmou uma parceria com a Fundação Bienal e 503 estudantes terão acesso à exposição por meio do seguimento Lugares de Aprender - A Escola Sai da Escola, do programa Cultura é Currículo. Serão 401 vagas para o mês de outubro, atendendo as 28 Diretorias Regionais de Ensino da capital e 101 vagas em novembro, até o dia 11, para algumas Diretorias Regionais de Ensino do interior, mais próximas à cidade de São Paulo. 
A ação está inserida na proposta curricular, com o objetivo de democratizar o acesso de professores e alunos da rede estadual a produções culturais que contribuam para ampliar sua formação. O programa é dividido em três segmentos. 
O curso é oferecido pela Secretaria da Educação, por meio da Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas (Cenp) e da Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Professores "Paulo Renato Costa Souza", em parceria com a Fundação Bienal de São Paulo. Os interessados podem inscrever-se gratuitamente por meio do formulário de pré-inscrição disponível no site www.escoladeformacao.sp.gov.br/cursobienalii. O conteúdo será ministrado em oito módulos à distância e um encontro presencial, somando carga horária de 30 horas. O curso abordará ainda o currículo de arte da rede pública estadual em uma prática reflexiva do ensino da arte.
Podem participar do curso professores de arte da rede pública estadual e diretores de escola com graduação em arte. Ao todo serão oferecidas 3 mil vagas. Se a quantidade de interessados ultrapassar esse número, a equipe gestora avaliará a possibilidade de ampliar o número de participantes. A lista final de inscritos será divulgada no site do curso, após o término das inscrições.
"O curso traz a possibilidade de os professores da rede aprofundarem seus conhecimentos sobre arte contemporânea a partir dos eixos conceituais que desenvolvemos para a aproximação das obras da exposição, em um diálogo com a sala de aula", afirma Stela Barbieri, curadora educacional da Bienal de São Paulo. 
Para receber o certificado do curso, o professor deve comparecer ao encontro presencial e obter em cada módulo, no mínimo, 80% de participação com conceito satisfatório, considerando-se o quadro de avaliação descrito no regulamento disponível no site. O certificado vale para a evolução funcional do professor e será emitido pela Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Professores "Paulo Renato Costa Souza".

Projeto de Lei n.º 267/11 - Estabelece punições para estudantes que desrespeitarem professores

Clipping Educacional - UDEMO
A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei n.º 267/11, da deputada Cida Borghetti (PP-PR), que estabelece punições para estudantes que desrespeitarem professores ou violarem regras éticas e de comportamento de instituições de ensino. Em caso de descumprimento, o estudante infrator ficará sujeito a suspensão e, na hipótese de reincidência grave, encaminhamento à autoridade judiciária competente. A proposta muda o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n.º 8.069/90), para incluir o respeito aos códigos de ética e de conduta como responsabilidade e dever da criança e do adolescente na condição de estudante. De acordo com a autora, a indisciplina em sala de aula tornou-se algo rotineiro nas escolas brasileiras e o número de casos de violência contra professores aumenta assustadoramente. Ela diz que, além dos episódios de violência física contra os educadores, há casos de agressões verbais, que, em muitos casos, acabam sem punição. O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Educação e Cultura; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Projeto de Lei n.º 267/2011:
Acrescenta o art. 53-A à Lei n.° 8.069, de 13 de julho de 1990, que “dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências”, a fim de estabelecer deveres e responsabilidades à criança e ao adolescente estudante.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1.º. Esta lei acrescenta o art. 53-A a Lei n.° 8.069, de 13 de julho de 1990, que “dispõe sobre o Estatuto da  Criança e do Adolescente e dá outras providências”, a fim de estabelecer deveres e responsabilidades à criança e ao adolescente estudante.
Art. 2. °. A Lei n.° 8.069, de 13 de julho de 1990, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 53-A:
“Art. 53-A. Na condição de estudante, é dever da criança e do adolescente observar os códigos de ética e de conduta da instituição de ensino a que estiver vinculado, assim como respeitar a autoridade intelectual e moral de seus docentes.
Parágrafo único. O descumprimento do disposto no caput sujeitará a criança ou adolescente à suspensão por prazo determinado pela instituição de ensino e, na hipótese de reincidência grave, ao seu encaminhamento a autoridade judiciária competente.”
Art. 3.º. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
fonte:http://www.udemo.org.br

segunda-feira, 5 de setembro de 2011 Testes não medem eficiência da escola, diz especialista

ANTÔNIO GOIS
Clipping Educacional - Folha de São Paulo
O brasileiro Flávio Cunha, 38, ingressou há 11 anos no doutorado em economia da Universidade de Chicago disposto a estudar lei de falências. Ao assistir as aulas do prêmio Nobel de Economia James Heckman, no entanto, mudou de ideia.
Heckman, mundialmente reconhecido por estudos que comprovam a importância de intervenções de qualidade nos primeiros anos de vida da criança, convenceu Cunha a se juntar a ele em uma nova empreitada.
Juntos, os dois passaram a investigar o impacto que intervenções na infância tinham em habilidades não mensuradas em testes escolares. A conclusão foi que, mesmo não tendo efeito tão significativo em testes de linguagem ou matemática, programas de alta qualidade foram decisivos para, na vida adulta, diminuir o envolvimento em crimes ou casos de gravidez precoce.
Para ele, esses achados evidenciam que é um erro avaliar o impacto da escola somente através de testes. Ele critica também o fato de, no Brasil, as discussões sobre investimento na primeira infância se limitarem, em sua opinião, a discutir a quantidade de vagas em creche.
Cunha hoje é professor da Universidade da Pensilvânia. Participa nesta semana do 1º Fórum Insper de Políticas Públicas, em São Paulo.

Folha - Políticas públicas de qualidade para a primeira infância costumam ser muito caras. Não é irrealista imaginar que um país como o Brasil tenha condições de adotá-las, já que 80% das crianças de zero a três anos hoje estão fora de creches?
Flavio Cunha - O que me preocupa no caso do Brasil é esta ideia de que política para a primeira infância se resume a construir creche. O debate sobre primeira infância foi praticamente sequestrado por essa ideia. Discute-se o prédio, mas sabe-se lá o que as crianças vão fazer lá dentro. Ninguém debate currículo de creche.
Deveríamos estar mais preocupados em adotar programas que comprovadamente deram certo. A implementação deles foi cara, pois eram atividades que serviam poucas crianças. Mas é possível implementá-las sem um custo tão elevado.
Quando se fez o primeiro Ipad [dispositivo da Apple lançado no ano passado], ele foi extremamente caro. Mas, a partir do momento em que se cria um modelo, é mais fácil replicá-lo de forma mais barata.
O que há em comum nessas experiências que foram eficientes?
É importante ter um currículo em que as crianças interajam com os professores, que aprendam por meio de um método que explore perguntas indiretas, que as induzam a falar. Evita-se perguntas em que a resposta será sim ou não. O mais importante, neste caso, não é saber se a criança completou ou não uma tarefa, mas é o professor fazê-la explicar.
Tenho um colega com um filho de três anos no Brasil que resolveu acompanhá-lo na creche. Ele relatou que o filho era submetido a uma rotina muito forte. Brincava muito com as outras crianças, mas quase não tinha interação com o professor.
A vantagem dos programas que deram certo é que não duram o dia inteiro. Duas ou três horas podem ser suficientes, e isto pode acontecer dentro de creche ou não.
Pesquisas vem comprovando que o nível socioeconômico dos pais é determinante para o sucesso dos filhos. Isso não gera um tipo de determinismo social?
Em um estudo muito interessante feito nos Estados Unidos, pesquisadores visitaram várias famílias e gravaram o que acontecia em casa por uma hora.
Identificou-se que em famílias de pais com nível superior, eles falavam nessa uma hora, em média, 2.500 palavras para seus filhos. Em casas onde os responsáveis não tinham completado o ensino médio, esta média caía para 500.
Essas crianças entrarão na escola com um déficit em relação às demais, e não será numa sala com 30 alunos que isso será revertido. O papel da família é extremamente importante. Boa parte do sucesso dos programas foi ter ensinado aos pais o quanto o envolvimento com os filhos era importante.
Por outro lado, não podemos achar que basta investir na primeira infância para reverter esse déficit. Não podemos achar que não precisamos nos preocupar com a qualidade da escola.
Você e o economista James Heckman estudaram o impacto desses programas em habilidades não-cognitivas. Que habilidades são essas, e qual foi a conclusão da pesquisa?
Uma parte importante do sucesso é sentar e fazer a tarefa. No meu trabalho, tem muita coisa que acho interessante e que provavelmente faria mesmo que não me pagassem. Mas há outras extremamente chatas, que demandam persistência e motivação, e que precisam ser feitas.
O que fizemos em 2006 foi estudar o impacto das habilidades não-cognitivas controlando pela inteligência tradicional. Fizemos isso medindo o impacto de programas em envolvimento em crimes, uso de drogas, maior propensão ao desemprego, gravidez na adolescência, entre outros.
A partir daí, percebemos que o impacto mais importante dos programas que analisamos não estava em habilidades mensuradas por testes de matemática ou linguagem.
O problema é que toda a política educacional dos EUA hoje está voltada para obter resultados nesse tipo de testes. Mas eles nos dizem pouco em relação a outros aspectos fundamentais para verificar se a pessoa foi bem sucedida, como sua inserção no mercado de trabalho ou a menor dependência de programas sociais.
Também no Brasil, estamos reduzindo o debate sobre a qualidade da escola a testes de português e matemática. Parece que tudo gira em torno da nota do Ideb (indicador de qualidade do governo federal) ou do Pisa (teste internacional que compara o desempenho de alunos por país). O objetivo da escola é muito maior do que aprender a ler e fazer conta. É preparar para a vida.

domingo, 4 de setembro de 2011

Iniciante...

Estou aqui iniciando meu primeiro Blog, nem sei ao certo o que fazer...Mas meu objetivo é aprender e dominar todas as ferramentas para divulgar um pouco do trabalho desenvolvido na escola em que trabalho, socializar, compartilhar e refletir sobre a prática pedagógica e as experiências profissionais vigentes.Espero conseguir!!!



Eu sei mas não devia

Eu sei, mas não devia
Marina Colasanti

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.